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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 24 de julho de 2010

Leitores de O Efeito Espacial

Você também pode!!!

Livro de fácil leitura. A leitora de mangá, abaixo, talvez goste.

A outra, ao lado, gosta de ler na solidão do quintal.

Eles leram, não sei se gostaram.







Por que olhar através da luneta o que está tão perto? O Efeito Espacial em suas mãos, ou melhor, nas da jovem da poltrona do último plano.





















Aqui abaixo, os anjinhos ajudando na correção...




O EFEITO ESPACIAL


"Qualquer semelhança entre homem e rato é mera coincidência."


(frase atribuída a um rato)


Peça o seu antes que acabe ou vire best-seller. Edição limitada. rsrsrs







sexta-feira, 23 de julho de 2010









Divulgação
"O efeito espacial começou a afetá-lo cada vez que passava por uma crise existencial e de depressão, a metamorfose vinha onde estivesse, em casa, no trabalho, na rua, no porão, na despensa comendo queijos."

O autor blogueiro


"Qualquer semelhança entre homem e rato, é mera coincidência." - (frase atribuída a um rato)

Se se interessar, você pode adquirir por 13,90 ou facilitar em vários pagamentos ou data, pelo e-mail camilo.i@ig.com.br.
Se você morar fora de Piracicaba-SP, enviaremos por envelope e o valor pode retornar também por envelope, na confiança, não se preocupe. Em primeiro lugar, queremos a divulgação da obra.

Meninos, tênis e celulares


É você, câmbio – o radioamador tentava falar com o filho. Não perdia o jargão do seu passatempo. O dispositivo em baixo tom vibrava no bolso a musiquinha preferida do pai, mas o filho... bem, o filho estava defronte a uma loja de calçados, embevecido diante da vitrine, nem aos carros ouvia, quanto mais o celular do pai.
A loja iluminada em tons amarelos e verde deixava à mostra a mercadoria e os sonhos dos meninos. O tênis novo. Já tinha um velho, que ganhou do tio ou da mãe, não sabia bem – eram tantos que tinha e tantos que jogara. Mas aquele era novo. Pensou sem perder o olhar de vista. Aquela corrida até ali com o skate, era um menino de ação, de corpo sarado, mas tinha de correr, voar, como se tivesse asas nos calcanhares. A sensação de poder, de ultrapassar os limites do tempo-espaço e isso se confundia com o cheiro de um calçado novo de loja. Sentia uma vibração, uma comichão e, ah, o celular. É o pai, “acordou”; mas ao atender já tinha desligado. Esgotara os créditos na tentativa e o menino não atendeu. De quê adiantava esse aparelho?! Desabafou o pai para si mesmo. O filho só o usada para brincar, ver horas, fazer cálculos, tirar fotos, exibir e mal atender, nada mais. O comprara para acompanhar mais a vida do filho, mas não melhorara em nada a relação dos dois.
Aquele tênis ali, um da ponta, com solado luminescente, amortecedor e...,um detalhe, era muito caro. Um salário mínimo. Hum, mas aquela corrida pelo calçamento, ia voar com ele. Se o comprasse não o tiraria mais dos pés. Estava já anoitecendo e ainda não retornara o chamado do celular ao pai – este sem crédito. Um coleguinha da escola passou por ali e olhava também. Reconheceu o pivete de chinelas e espichando os olhos ao “seu” tênis. Decerto aquele tênis não era para pobre e distanciou-se do colega para não pegar mal à sua imagem. O menino pobre olhava e de repente tocou o seu celular, atendeu e passou ao menino rico – é seu pai. Meu pai? Redarguiu o menino rico – ele não ia ligar para você, né, tem meu número.
Enquanto discutiam foram rendidos por dois assaltantes – aí, meu, vai passando os celular rapidinho. O menino pobre passou o seu celular velho. Os ladrões roubavam o tênis do menino rico, fazendo-o descalçar. Nisso o de chinelas saiu num pique, descalço, quase voando e o outro ficou parado, com o tênis na mão ainda. Os ladrões levaram os pisantes, o celular novo e deixaram o celular velho para o menino rico – isso é pra você. Assustado atendeu por fim – Papai?... Do outro lado, um homem fingindo paciência o saudou – Oi, filho, vamos comprar um tênis novo, hoje?
- Não, pai. Preciso caminhar um pouco.
Pegou as chinelas deixadas pelo menino pobre e foi jogar uma pelada na rua.

sábado, 17 de julho de 2010

Divulgação
O efeito espacial começou a afetá-lo cada vez que passava por uma crise existencial e de depressão, a metamorfose vinha onde estivesse, em casa, no trabalho, na rua, no porão, na despensa comendo queijos.
O autor blogueiro

Abaixo texto do blog:
O texto é todo diálogo, com idéias de números e matemática.
Nem sempe lógica. Se não apreciar, deixe seu recado.
O blogueiro
Favas contadas
Na casa 9. Portão principal:
- Olá! Vim te ver.
- Finalmente, achou, heim! Casa nove, fora.
- Caseiro, meu rapaz?
- Síndico, professor! Aposentou?
-Há três anos, dois meses e um dia.
- Toma café?
- Em grãos ou pó?
- Em pó mesmo, é o que tenho.
- Então ponha uma acolher das de chá em meia xícara de água quente, que equivale a trinta grãos úmidos. Ok?
- Com açúcar?
- Dois blocos.
- Mas...e em colheradas.
- ...eu mesmo coloco.
- Tem passeado muito?
- Nem faço conta mais, mas isso é o de menos importância.
- Mas e a família? A quantas anda?
- Dois filhos, três netos e um cachorro vadio.
- Vadio?...
- Nem tanto, carrega umas trezentas pulgas e coça-se muito pelo quintal.
- Mas não tem também genro? Sua filha...
- Ah, esse!? Um zero à esquerda.
- Ah...E a esposa?
- Sempre à minha direita, viu. Com ela dividi, somei, multipliquei e subtrai as agruras da solidão.
- Melhor dois que um.
- Mas não casaste?
-Quase. Um é pouco, dois é bom e três é... Deus conta as lágrimas das mulheres.
- Enganaste a coitada. Já vi.
- Quase uma vez.
- Foi ou não?
- Foi, mas não foi. Foi quase, já disse.
- Ah, menino, no teu colégio não ensinei Derivadas, mas aprendeste outras cousas. Assim, traída te deixou? Hum.
- Traída, não! Quase.
- Mas foi ou não?
- Quase, ela quase me deixou por duas vezes pela mesma razão, então me deixou por inteiro e nessa soma dá zero.
- O que a “outra” fazia?
- Resolvia exercícios de matemática à tarde toda.
- E você, meu rapaz, nunca foi bom nessa disciplina. Mas me conte como foi.
- Nessa e em nenhuma. Eu fazia exercícios com bastão, mais precisamente varria o corredor e...
- Vai, vai, como chegou ao affaire?
- Bão. “Affaireci” um café, uma colher das de chá em meia xícara de água quente, que equivale a trinta grãos úmidos.
- E?
- Açúcar a gosto.
- Não, e, e...
- Ah, prometi um professor para ensiná-la, por isso chamei o senhor.
- Ulalá, malandrão! E a outra, a sua quase noiva onde mora? Quem sabe eu dê uma força para o seu verdadeiro amor também.
- Tá bem. Está na recepção, mas prometa que vai tratá-la bem e o levo lá.
- Claro, meu rapaz, pela honra dos meus filhos... É esta de costas?
- Sim – a moça virou-se:
- Papai!!!