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O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 20 de abril de 2013

Nota
Amigos, amigas do blog, meu pai era um homem rude e alegre, um clown por vezes. A memória dele está presente em mim, inclusive pelo DNA. Minha vida de escritor começou por influência de minha esposa Luzia Stocco, me instigou a publicar, mas vejo que meu estilo tem a força e a característica de um não-escritor, não-artista, não-personalidade, de um homem simples, braçal, talvez escreva um pouco pelas mãos dele, pelo influxo de seu humor e sua vontade destemida pelo trabalho, pelo colo quente que me acolheu nas horas de medo e pela estrutura sólida de pai. Como dizer que meu pai morreu? Foi tirado neste momento.
Agradeço aos amigos, às pessoas próximas, aos que nos deram o apoio nessa hora em que o tempo para. Foram como cordas no nosso relógio. Amigos, e principalmente os do cartório, todos, senti como as mãos do meu pai, dizendo "vamos, vamos", é verdade, porque quando a gente brigava entre irmãos ou levava uns tabefes ia chorar no canto e eu via meu pai trabalhando e me chamava sem querer saber muito da coisa, mas dizendo "vamos, vamos". Eu sentia seu carinho e que ele também não sabia muito que explicar, mas a explicação estava ali em algum lugar no meio da palha do milho, do feijão que batia para tirar as bainhas, uns tapas não são nada quando se tem a vida pela frente. E como ele dizia, meu pai morreu e deixou serviço, eu também vou morrer e deixar serviço, para que correr, o caminho somos nós também.
Agradeço nesta postagem a todos, a todos, a todos e a Deus.
Camilo

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