Conteúdo

O blog atém-se às questões humanas. Dispensa extremismos ou patrulhas. Que brilhe a sua luz. Bem-vindo e bem-vinda!

sábado, 6 de julho de 2013

O retrete

Amigos, roupa suja se leva em casa, mas em trânsito também temos questões intestinas e o assunto vai por água abaixo. Confesso que este cubículo serviu-me muitas vezes, até para refrescar a mente. Se precisar não tem jeito, vamos ao retrete.
Blogueiro aliviado
O retrete
O banheiro público feminino... Há de pensar que lá seja um lugar instigante e limpo, espaçoso e branco, a cheirar perfume, com mil privadas como fontes de águas limpas. Onde se vê a beleza cheirosa do limpo, mas não se pode devassar.
Aqui na terrinha teve um incidente com transexual que tentou adentrar nos átrios cuidadosos do banheiro feminino. O segurança não perceberia se não o alertassem, creio, visto que a pessoa era insuspeita ao portar-se e vestir-se à moda feminina, com orientação diversa ao nascer homem que não era.
Em geral nos estabelecimentos pergunta-se onde fica o “toilette”, uma palavra francesa que no seu vernáculo significa pequena toalha. Nos EUA Lavatory (pia ou vaso sanitário). Há também o símbolo da cartola e da bengala cruzados e a silhueta da dama e cavalheiro com trajes do século XIX, nas portas aos fundos. Estabelecimentos com banheiro único é: se ela vai, ele espera.
Um lugar limpo, com louças brancas, com desodorizante e a sensação de ser só seu, mas se faltar papel? Coisa que acontece mais no banheiro masculino, as mulheres veem isso antes e não tomam assento do que não lhes é seguro, na bolsinha tem de tudo, preservam-se, sem ficar com qualquer pingo de dúvida e muitas dessas damas têm o plano B, de cuja elegância fazem jus, o tato feminino de se antecipar à “saia justa”. Se virem uma mulher sem bolsinha entrar num banheiro feminino, cuidado! Este também é um álibi perfeito para quem vai somente retocar a maquiagem, mas se não portar bolsinha que combine com a roupa, ou sem bolsinha...
Hoje, todavia, com toda a força simbólica desta indispensável instância cogita-se banheiro para o terceiro sexo, a terceira via do terceiro milênio. A necessidade é a mesma entre ambos (ou todos) os sexos, que usam os locais aonde chegam para alívio e não vexação.
Alguém meteu a boca na cidadã, defendeu este procedimento do segurança homem, justificado, segundo este, por salvaguardar as usuárias de outro homem vestido de mulher. Se a questão fosse ato promíscuo, isso pode se efetivar em qualquer dos lados com a mesma obscenidade.
Mesmo entre os de mesmo sexo, cabe a privacidade aos mais tímidos ou, ainda, como o costume em alguns países europeus, os de sexo masculino de sentarem-se para não respingar pelo chão. Acho mesmo que deviam eliminar-se os urinóis fétidos; que os usuários ao fechar a porta possam sentar calmamente no retrete e pensar na vida e nas boas obras, olhando para o chão e azulejos de sua intimidade dessa hora vã e agradecer.
E.t: Aos interessados por leitura de escritor insistente (e aos que ainda não adquiriram nossos livros, acessem nosso e-mail camilo.i@ig.com.br e encomendem ou solicitem dados sobre as obras, que terei enorme prazer em passar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é valioso. Grato.